Cotovelo fraturado: 8 sintomas e como tratar
O cotovelo fraturado é uma lesão comum que pode resultar de uma variedade de causas, desde quedas e acidentes esportivos até traumas mais graves.
A complexidade da articulação do cotovelo, composta por três ossos principais, torna essa região suscetível a diferentes tipos de fraturas, cada uma apresentando desafios únicos no processo de diagnóstico e tratamento.
Neste texto, vamos explorar os sintomas, diagnóstico e opções de tratamento para cotovelos fraturados, destacando a importância da intervenção médica precoce e da reabilitação adequada para uma recuperação bem-sucedida. Boa leitura!
O que é e quais são os principais tipos do cotovelo fraturado?
Um cotovelo fraturado refere-se a uma lesão na articulação do cotovelo em que um ou mais ossos que compõem essa articulação são quebrados. Existem diferentes tipos de fraturas de cotovelo, dependendo do osso envolvido e do padrão da fratura.
Os principais tipos de fraturas de cotovelo incluem:
Fratura do Úmero Distal
O úmero é o osso longo do braço que se estende desde o ombro até o cotovelo. Uma fratura distal do úmero ocorre na parte inferior deste osso, próxima ao cotovelo.
Fratura da Cabeça Radial
A cabeça radial é um dos ossos do antebraço que forma parte da articulação do cotovelo. Uma fratura nessa área pode ocorrer devido a trauma direto ou quedas.
Fratura da Olécrano
O olécrano é a projeção óssea na parte de trás do cotovelo. Uma fratura nessa área pode ocorrer devido a quedas ou impactos diretos na parte de trás do cotovelo.
Fratura do Colo do Rádio
O rádio é um dos ossos do antebraço. Uma fratura no colo do rádio ocorre na parte estreita do osso próximo à articulação do cotovelo.
Fratura da Epífise Proximal do Ulna
A ulna é outro osso do antebraço. A fratura da epífise proximal da ulna envolve a parte superior desse osso perto da articulação do cotovelo.
Fratura do Processo Coronóide
O processo coronóide é uma projeção óssea na ulna, localizada na parte interna do cotovelo. Uma fratura nessa área pode ocorrer devido a traumas.
Fratura de Monteggia
Esta é uma lesão complexa que envolve uma fratura do terço proximal da ulna e uma luxação da cabeça do rádio.
Fratura em Galeazzi
Semelhante à fratura em Monteggia, esta envolve uma fratura da diáfise do rádio com uma lesão na articulação do rádio-ulnar distal.
Quem tem maior risco de fraturar o cotovelo?
O risco de fratura no cotovelo pode variar com base em vários fatores, incluindo idade, sexo, atividades físicas, condições médicas subjacentes e comportamentos de estilo de vida.
Algumas das pessoas mais propensas a fraturas de cotovelo incluem:
- Crianças e adolescentes: devido à participação em atividades esportivas, jogos e brincadeiras, as crianças e adolescentes têm um risco aumentado de fraturas de cotovelo. Os ossos em crescimento podem estar mais suscetíveis a lesões;
- Idosos: com o envelhecimento, os ossos podem se tornar mais frágeis devido à perda de densidade óssea (osteoporose), aumentando o risco de fraturas por quedas ou impactos;
- Praticantes de esportes de contato ou de alto risco: atletas envolvidos em esportes de contato, como futebol, rugby, hóquei e artes marciais, têm maior probabilidade de sofrer lesões no cotovelo. Além disso, esportes de alto risco, como skate e escalada, também podem aumentar o risco de quedas e fraturas;
- Trabalhadores manuais: pessoas envolvidas em trabalhos manuais ou na indústria da construção civil, onde há maior exposição a situações de risco e acidentes, podem ter um risco aumentado de fraturas de cotovelo;
- Mulheres pós-menopausa: a osteoporose afeta mais comumente as mulheres após a menopausa devido à diminuição dos níveis de estrogênio, o que pode aumentar o risco de fraturas;
- Indivíduos com condições médicas: algumas condições médicas, como osteoporose, artrite ou distúrbios ósseos genéticos, podem aumentar a fragilidade dos ossos e, consequentemente, o risco de fraturas de cotovelo;
- Histórico prévio de fraturas: indivíduos que já sofreram fraturas no passado podem ter um risco aumentado de lesões semelhantes, incluindo fraturas no cotovelo.
É importante destacar que a prevenção de lesões no cotovelo envolve práticas de segurança, a prática de esportes com equipamentos de proteção adequados, a manutenção de uma dieta balanceada e a atenção à saúde óssea, especialmente em grupos de maior risco.
Se houver preocupações específicas sobre o risco de fraturas no cotovelo, é aconselhável discutir essas preocupações com um profissional de saúde.
Quais são os sintomas do cotovelo fraturado?
Os sintomas de um cotovelo fraturado podem incluir:
- Dor intensa: dor aguda no cotovelo, especialmente ao movimentar ou tocar na área afetada.
- Inchaço: a região ao redor do cotovelo pode ficar inchada devido à lesão.
- Incapacidade de mover o cotovelo: dificuldade ou incapacidade de mover normalmente o cotovelo.
- Deformidade: o cotovelo pode parecer deformado ou fora de sua posição normal.
- Hematoma: presença de hematomas (manchas roxas ou avermelhadas) na pele ao redor do cotovelo.
- Sensibilidade ao toque: a área fraturada pode ser sensível ao toque.
- Formigamento ou dormência: formigamento ou dormência no braço, antebraço ou mão pode ocorrer devido à compressão nervosa.
- Crepitação: pode haver um som de crepitação quando os ossos fraturados se movem.
Se houver suspeita de uma fratura no cotovelo, é fundamental procurar assistência médica imediatamente. O diagnóstico e o tratamento adequados são essenciais para promover uma recuperação adequada e prevenir complicações a longo prazo.
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Como é feito o diagnóstico do cotovelo fraturado?
O diagnóstico de um cotovelo fraturado geralmente envolve uma combinação de avaliação clínica, exames de imagem e, em alguns casos, testes adicionais. Aqui estão os passos comuns para o diagnóstico de um cotovelo fraturado:
Histórico médico e exame físico
O médico começará perguntando sobre os sintomas, a história do trauma ou lesão e quaisquer condições médicas pré-existentes.
Realização de um exame físico para avaliar a extensão da lesão, dor, inchaço, deformidade e mobilidade do cotovelo.
Raio-X
Radiografias são frequentemente realizadas para confirmar a presença de uma fratura e para avaliar a extensão e a posição dos ossos quebrados.
Múltiplas projeções podem ser tiradas para obter diferentes vistas do cotovelo.
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Tomografia Computadorizada (TC):
Em alguns casos, especialmente se a fratura for complexa ou envolver articulações em detalhes, pode ser necessário realizar uma tomografia computadorizada para obter imagens mais detalhadas.
Ressonância Magnética (RM):
A RM pode ser utilizada para avaliar melhor os tecidos moles ao redor do cotovelo, como ligamentos, músculos e tendões.
É mais frequentemente usado em casos de lesões complexas ou quando há suspeita de danos nos tecidos moles.
Ultrassonografia
A ultrassonografia pode servir para avaliar certos tipos de lesões nos tecidos moles, como tendões.
Exames de sangue
Em alguns casos, exames de sangue podem ser solicitados para avaliar a saúde geral do paciente e verificar se há sinais de infecção.
Avaliação neurológica
Avaliação da função nervosa para verificar se há danos nos nervos circundantes, o que pode ocorrer em algumas fraturas.
Qual é o tratamento para cotovelo fraturado?
O tratamento para um cotovelo fraturado depende da gravidade da fratura, da localização e de outros fatores específicos do paciente.
Imobilização
Em alguns casos, especialmente em fraturas menos graves, o cotovelo pode ser imobilizado com um gesso ou tala para permitir a cicatrização adequada. Isso é frequentemente usado em fraturas estáveis que não requerem intervenção cirúrgica.
Redução fechada
Em alguns casos, se a fratura permitir, o médico pode realizar uma redução fechada, que envolve a manipulação cuidadosa dos fragmentos ósseos para realinhar o osso sem cirurgia. Após a redução, o cotovelo pode ser imobilizado para permitir a cicatrização.
Cirurgia
Em fraturas mais complexas ou deslocadas, a cirurgia pode ser necessária. Isso pode envolver a fixação interna com placas, parafusos ou hastes para manter os fragmentos ósseos no lugar durante o processo de cicatrização.
Em casos mais graves, especialmente em fraturas que afetam a articulação do cotovelo, pode ser necessário realizar uma substituição articular.
Fisioterapia
A fisioterapia é frequentemente recomendada após a remoção do gesso ou imobilização. Isso ajuda a restaurar a amplitude de movimento, fortalecer os músculos ao redor do cotovelo e melhorar a função.
Medicação para a dor e inflamação
Analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) podem ser prescritos ou recomendados para aliviar a dor e reduzir a inflamação.
Acompanhamento médico
O paciente precisa geralmente de acompanhamento médico regular para monitorar a cicatrização, remover gessos, avaliar a progressão e ajustar o plano de tratamento conforme necessário.
É essencial seguir as orientações do médico e do fisioterapeuta para garantir uma recuperação adequada. A decisão sobre o tratamento dependerá das características específicas da fratura e da condição geral do paciente.
O tratamento adequado ajuda a minimizar complicações a longo prazo e promover a restauração da função normal do cotovelo.
Quanto tempo para curar fratura no cotovelo?
O tempo necessário para a cura de uma fratura no cotovelo pode variar significativamente com base em vários fatores, incluindo a gravidade da fratura, o tipo de tratamento recebido, a idade do paciente e a resposta individual ao tratamento.
Em geral, o processo de cicatrização pode levar várias semanas a vários meses.
Fraturas menos graves (sem deslocamento)
Em casos de fraturas menos graves, que não envolvem deslocamento significativo dos ossos, e que são tratadas com imobilização (gesso ou tala), pode levar cerca de 6 a 8 semanas para a cicatrização.
Fraturas deslocadas ou cirurgicamente tratadas
Fraturas mais graves, especialmente aquelas que requerem cirurgia para fixação interna, podem exigir um tempo de cicatrização mais longo. O período de recuperação pode variar de 8 a 12 semanas ou mais.
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