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Cotovelo fraturado: 8 sintomas e como tratar

janeiro 4, 2024 por NOT Ortopedia0
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O cotovelo fraturado é uma lesão comum que pode resultar de uma variedade de causas, desde quedas e acidentes esportivos até traumas mais graves. 

A complexidade da articulação do cotovelo, composta por três ossos principais, torna essa região suscetível a diferentes tipos de fraturas, cada uma apresentando desafios únicos no processo de diagnóstico e tratamento. 

Neste texto, vamos explorar os sintomas, diagnóstico e opções de tratamento para cotovelos fraturados, destacando a importância da intervenção médica precoce e da reabilitação adequada para uma recuperação bem-sucedida. Boa leitura!

O que é e quais são os principais tipos do cotovelo fraturado?

Um cotovelo fraturado refere-se a uma lesão na articulação do cotovelo em que um ou mais ossos que compõem essa articulação são quebrados. Existem diferentes tipos de fraturas de cotovelo, dependendo do osso envolvido e do padrão da fratura. 

Os principais tipos de fraturas de cotovelo incluem:

Fratura do Úmero Distal

O úmero é o osso longo do braço que se estende desde o ombro até o cotovelo. Uma fratura distal do úmero ocorre na parte inferior deste osso, próxima ao cotovelo.

Fratura da Cabeça Radial

A cabeça radial é um dos ossos do antebraço que forma parte da articulação do cotovelo. Uma fratura nessa área pode ocorrer devido a trauma direto ou quedas.

Fratura da Olécrano

O olécrano é a projeção óssea na parte de trás do cotovelo. Uma fratura nessa área pode ocorrer devido a quedas ou impactos diretos na parte de trás do cotovelo.

Fratura do Colo do Rádio

O rádio é um dos ossos do antebraço. Uma fratura no colo do rádio ocorre na parte estreita do osso próximo à articulação do cotovelo.

Fratura da Epífise Proximal do Ulna

A ulna é outro osso do antebraço. A fratura da epífise proximal da ulna envolve a parte superior desse osso perto da articulação do cotovelo.

Fratura do Processo Coronóide

O processo coronóide é uma projeção óssea na ulna, localizada na parte interna do cotovelo. Uma fratura nessa área pode ocorrer devido a traumas.

Fratura de Monteggia

Esta é uma lesão complexa que envolve uma fratura do terço proximal da ulna e uma luxação da cabeça do rádio.

Fratura em Galeazzi

Semelhante à fratura em Monteggia, esta envolve uma fratura da diáfise do rádio com uma lesão na articulação do rádio-ulnar distal.

Quem tem maior risco de fraturar o cotovelo? 

O risco de fratura no cotovelo pode variar com base em vários fatores, incluindo idade, sexo, atividades físicas, condições médicas subjacentes e comportamentos de estilo de vida

Algumas das pessoas mais propensas a fraturas de cotovelo incluem:

  • Crianças e adolescentes: devido à participação em atividades esportivas, jogos e brincadeiras, as crianças e adolescentes têm um risco aumentado de fraturas de cotovelo. Os ossos em crescimento podem estar mais suscetíveis a lesões;
  • Idosos: com o envelhecimento, os ossos podem se tornar mais frágeis devido à perda de densidade óssea (osteoporose), aumentando o risco de fraturas por quedas ou impactos;
  • Praticantes de esportes de contato ou de alto risco: atletas envolvidos em esportes de contato, como futebol, rugby, hóquei e artes marciais, têm maior probabilidade de sofrer lesões no cotovelo. Além disso, esportes de alto risco, como skate e escalada, também podem aumentar o risco de quedas e fraturas;
  • Trabalhadores manuais: pessoas envolvidas em trabalhos manuais ou na indústria da construção civil, onde há maior exposição a situações de risco e acidentes, podem ter um risco aumentado de fraturas de cotovelo;
  • Mulheres pós-menopausa: a osteoporose afeta mais comumente as mulheres após a menopausa devido à diminuição dos níveis de estrogênio, o que pode aumentar o risco de fraturas;
  • Indivíduos com condições médicas: algumas condições médicas, como osteoporose, artrite ou distúrbios ósseos genéticos, podem aumentar a fragilidade dos ossos e, consequentemente, o risco de fraturas de cotovelo;
  • Histórico prévio de fraturas: indivíduos que já sofreram fraturas no passado podem ter um risco aumentado de lesões semelhantes, incluindo fraturas no cotovelo.

É importante destacar que a prevenção de lesões no cotovelo envolve práticas de segurança, a prática de esportes com equipamentos de proteção adequados, a manutenção de uma dieta balanceada e a atenção à saúde óssea, especialmente em grupos de maior risco. 

Se houver preocupações específicas sobre o risco de fraturas no cotovelo, é aconselhável discutir essas preocupações com um profissional de saúde.

Quais são os sintomas do cotovelo fraturado?

Os sintomas de um cotovelo fraturado podem incluir:

  1. Dor intensa: dor aguda no cotovelo, especialmente ao movimentar ou tocar na área afetada.
  2. Inchaço: a região ao redor do cotovelo pode ficar inchada devido à lesão.
  3. Incapacidade de mover o cotovelo: dificuldade ou incapacidade de mover normalmente o cotovelo.
  4. Deformidade: o cotovelo pode parecer deformado ou fora de sua posição normal.
  5. Hematoma: presença de hematomas (manchas roxas ou avermelhadas) na pele ao redor do cotovelo.
  6. Sensibilidade ao toque: a área fraturada pode ser sensível ao toque.
  7. Formigamento ou dormência: formigamento ou dormência no braço, antebraço ou mão pode ocorrer devido à compressão nervosa.
  8. Crepitação: pode haver um som de crepitação quando os ossos fraturados se movem.

Se houver suspeita de uma fratura no cotovelo, é fundamental procurar assistência médica imediatamente. O diagnóstico e o tratamento adequados são essenciais para promover uma recuperação adequada e prevenir complicações a longo prazo.

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Como é feito o diagnóstico do cotovelo fraturado?

O diagnóstico de um cotovelo fraturado geralmente envolve uma combinação de avaliação clínica, exames de imagem e, em alguns casos, testes adicionais. Aqui estão os passos comuns para o diagnóstico de um cotovelo fraturado:

Histórico médico e exame físico

O médico começará perguntando sobre os sintomas, a história do trauma ou lesão e quaisquer condições médicas pré-existentes.

Realização de um exame físico para avaliar a extensão da lesão, dor, inchaço, deformidade e mobilidade do cotovelo.

Raio-X

Radiografias são frequentemente realizadas para confirmar a presença de uma fratura e para avaliar a extensão e a posição dos ossos quebrados.

Múltiplas projeções podem ser tiradas para obter diferentes vistas do cotovelo.

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Tomografia Computadorizada (TC):

Em alguns casos, especialmente se a fratura for complexa ou envolver articulações em detalhes, pode ser necessário realizar uma tomografia computadorizada para obter imagens mais detalhadas.

Ressonância Magnética (RM):

A RM pode ser utilizada para avaliar melhor os tecidos moles ao redor do cotovelo, como ligamentos, músculos e tendões.

É mais frequentemente usado em casos de lesões complexas ou quando há suspeita de danos nos tecidos moles.

Ultrassonografia

A ultrassonografia pode servir para avaliar certos tipos de lesões nos tecidos moles, como tendões.

Exames de sangue

Em alguns casos, exames de sangue podem ser solicitados para avaliar a saúde geral do paciente e verificar se há sinais de infecção.

Avaliação neurológica

Avaliação da função nervosa para verificar se há danos nos nervos circundantes, o que pode ocorrer em algumas fraturas.

Qual é o tratamento para cotovelo fraturado? 

O tratamento para um cotovelo fraturado depende da gravidade da fratura, da localização e de outros fatores específicos do paciente.

Imobilização

Em alguns casos, especialmente em fraturas menos graves, o cotovelo pode ser imobilizado com um gesso ou tala para permitir a cicatrização adequada. Isso é frequentemente usado em fraturas estáveis que não requerem intervenção cirúrgica.

Redução fechada

Em alguns casos, se a fratura permitir, o médico pode realizar uma redução fechada, que envolve a manipulação cuidadosa dos fragmentos ósseos para realinhar o osso sem cirurgia. Após a redução, o cotovelo pode ser imobilizado para permitir a cicatrização.

Cirurgia

Em fraturas mais complexas ou deslocadas, a cirurgia pode ser necessária. Isso pode envolver a fixação interna com placas, parafusos ou hastes para manter os fragmentos ósseos no lugar durante o processo de cicatrização.

Em casos mais graves, especialmente em fraturas que afetam a articulação do cotovelo, pode ser necessário realizar uma substituição articular.

Fisioterapia

A fisioterapia é frequentemente recomendada após a remoção do gesso ou imobilização. Isso ajuda a restaurar a amplitude de movimento, fortalecer os músculos ao redor do cotovelo e melhorar a função.

Medicação para a dor e inflamação

Analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) podem ser prescritos ou recomendados para aliviar a dor e reduzir a inflamação.

Acompanhamento médico

O paciente precisa geralmente de acompanhamento médico regular para monitorar a cicatrização, remover gessos, avaliar a progressão e ajustar o plano de tratamento conforme necessário.

É essencial seguir as orientações do médico e do fisioterapeuta para garantir uma recuperação adequada. A decisão sobre o tratamento dependerá das características específicas da fratura e da condição geral do paciente. 

O tratamento adequado ajuda a minimizar complicações a longo prazo e promover a restauração da função normal do cotovelo.

Quanto tempo para curar fratura no cotovelo? 

O tempo necessário para a cura de uma fratura no cotovelo pode variar significativamente com base em vários fatores, incluindo a gravidade da fratura, o tipo de tratamento recebido, a idade do paciente e a resposta individual ao tratamento. 

Em geral, o processo de cicatrização pode levar várias semanas a vários meses

Fraturas menos graves (sem deslocamento)

Em casos de fraturas menos graves, que não envolvem deslocamento significativo dos ossos, e que são tratadas com imobilização (gesso ou tala), pode levar cerca de 6 a 8 semanas para a cicatrização.

Fraturas deslocadas ou cirurgicamente tratadas

Fraturas mais graves, especialmente aquelas que requerem cirurgia para fixação interna, podem exigir um tempo de cicatrização mais longo. O período de recuperação pode variar de 8 a 12 semanas ou mais.

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