Dores intensas, sensação de choque e formigamento nas mãos são alguns dos sintomas da síndrome do túnel do carpo (STC).  Trata-se de uma neuropatia causada pela compressão do nervo mediano, um nervo localizado entre a mão e o punho.

De acordo com artigo publicado na Revista de Ortopedia, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), a síndrome do túnel do carpo afeta entre 4% e 5% da população, sobretudo mulheres, na faixa etária entre 40 e 60 anos.

Por isso, hoje preparamos um conteúdo para você saber mais sobre essa condição e como é feito o tratamento. Confira a leitura.

O que é a Síndrome do Túnel do Carpo?

A síndrome do túnel do carpo, também conhecida  como síndrome do túnel carpal, é uma doença que surge pela compressão do nervo mediano, responsável pela inervação da região localizada entre a mão e o punho.

“Carpus” é uma palavra derivada do grego que significa punho. O túnel do carpo é uma espécie de túnel ou canal na região do punho com o diâmetro aproximado de um dedo polegar. Seu assoalho são os ossos do punho e seu teto é o ligamento carpal transverso.

Qualquer alteração que cause uma diminuição do espaço dentro do túnel do carpo pode levar à compressão do nervo mediano causando os sintomas típicos da síndrome do túnel do carpo.

Quais os sintomas da Síndrome do Túnel do Carpo?

Os sintomas mais comuns da síndrome do túnel do carpo são a dor e a parestesia (formigamento e perda da sensibilidade) localizadas na região da mão.

Os sintomas costumam ser piores à noite e frequentemente acordam o paciente.

Caso a dor não for tratada, o quadro pode piorar com o tempo, podendo levar a alterações motoras, tais como fraqueza para movimentar os dedos e em casos mais graves, vindo causar até atrofia. 

Quais as causas da Síndrome do Túnel do Carpo?

Além da inflamação causada por movimentos repetitivos do punho, uma série de doenças e condições podem aumentar o risco da síndrome do túnel do carpo, mesmo em pessoas que não realizam trabalhos que demandem movimentos constantes dos braços, mãos ou punhos.

Os principais fatores de risco para síndrome do túnel do carpo são:

• Obesidade
• Gravidez
• Diabetes
• Artrite reumatoide
• Fratura do punho
• Hipotireoidismo
• Predisposição genética
• Alterações da tireóide
• Alterações hormonais da menopausa.
• Alguns tipos de tumores, como lipomas e cistos.

Como é feito o diagnóstico?

Para diagnosticar a doença é preciso buscar um médico especialista, geralmente um ortopedista. 

A principal forma de descobrir a síndrome é por meio do exame clínico, ou seja, aquela simples conversa com o médico em que o paciente relata os sintomas. 

Para confirmar o diagnóstico é preciso realizar exames auxiliares como ultrassom ou um exame chamado eletroneuromiografia.

A eletroneuromiografia é importante para mostrar a intensidade em que a doença está prejudicando o paciente.

Qual o tratamento da Síndrome do Túnel do Carpo?

Em casos leves, além do uso de anti-inflamatórios, o tratamento mais tradicional envolve a imobilização do punho com tala ou munhequeira ortopédica para reduzir o edema e aliviar a compressão do nervo mediano. 

Para os casos moderados, a injeção de corticoides no local é uma boa opção. A cortisona é um eficiente agente anti-inflamatório que pode ser injetado diretamente no túnel do carpo. O seu efeito, porém, é muitas vezes apenas temporário.

Já nas formas mais graves, de acordo com especialistas, é necessária a realização de uma cirurgia para aliviar a compressão do nervo mediano.

O procedimento cirúrgico tem como objetivo a descompressão do túnel e liberação do nervo mediano através de um corte do ligamento carpal transverso, que pode ser feito por via endoscópica ou por uma cirurgia tradicional.

Gostou do conteúdo? A síndrome do túnel do carpo costuma trazer bastante dificuldade para o paciente, com riscos à mobilidade do membro. Por isso, ao menor sinal de desconforto, procure ajuda médica.

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