A tenosinovite estenosante dos flexores, mais conhecida como dedo em gatilho, é uma condição caracterizada por causar dor nos tendões flexores, necessitando de um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

Neste conteúdo vamos abordar os principais sintomas, causas e tratamento para esta condição. Acompanhe!

O que é o dedo em gatilho?

Pacientes com dedo em gatilho apresentam uma dificuldade de flexão ou travamento do movimento dos dedos, os quais podem permanecer em uma posição fixa em flexão ou extensão. Essa dificuldade acaba por ocasionar em dores e limitações funcionais.

Ao realizar a flexão, o paciente apresenta uma posição que se assemelha ao disparo de um gatilho, e foi a partir disso, que surgiu o termo “dedo em gatilho”. Em casos mais graves, o dedo pode permanecer travado em posição de flexão.

O dedo em gatilho é classificado em quatro graus:

• grau I: causa dor e edema, porém sem bloqueio;
• grau II (ativo): há um bloqueio presente e o paciente consegue estender o dedo de forma ativa;
• grau III (passivo): há um bloqueio presente, mas o paciente não consegue estender ou fletir o dedo ativamente, necessitando de auxílio da outra mão;
• grau IV (contratura): há uma contratura fixa do dedo.

Causas do dedo em gatilho

A maioria dos casos são idiopáticos, ou seja, não apresentam causa definida. No entanto, estima-se que há alguma relação com diabetes ou doenças reumáticas. Essa condição pode afetar qualquer dedo, mas é mais comum no polegar e anelar.

Sintomas

Os sintomas iniciais do dedo em gatilho envolvem desconforto na base dos dedos, no polegar e/ou na palma da mão. O dedo afetado pode causar um edema (aumento de volume), limitando os movimentos e causando dor nos tendões flexores.

O surgimento de nódulo acompanhado da progressão da doença, é o que acaba causando o “travamento” dos dedos. A medida que a doença progride, esse travamento piora, podendo gerar incapacidade funcional, causando dificuldades para pegar objetos, por exemplo.

Diagnóstico

O dedo em gatilho é mais comum em mulheres do que em homens, e é mais frequente em pacientes com diabetes, hipotireoidismo, portadores de nefropatias e outras endocrinopatias.

O diagnóstico é essencialmente clínico. Portanto, não são necessários exames complementares ou auxiliares para o diagnóstico. 

Em caso de dúvidas, a ultrassonografia ou ressonância magnética podem ser úteis. Já a radiografia é indicada apenas para casos que necessitam de um diagnóstico diferencial correspondente a outras patologias.

Fatores de risco 

Há alguns fatores que podem contribuir para a piora ou surgimento do dedo em gatilho, tais como:

• atividades manuais, profissionais e esportivas;
• movimentos repetitivos ou de alto impacto;
• artrite reumatoide;
• diabetes;
• hipertireoidismo;
• algumas infecções (tuberculose, esporotricose, infecções fúngicas, etc).

Tratamento

O tratamento irá variar conforme a gravidade, intensidade e duração dos sintomas. Veja a seguir os tipos de tratamento para o dedo em gatilho.

Casos leves

• evitar atividades manuais que exigem esforço ou movimentos repetitivos;
• uso de órtese extensora com a finalidade de manter o dedo em posição de extensão de forma intermitente;
• uso de gelo na região afetada;
• massagem para aliviar a dor e reduzir o edema;
• exercícios leves e suaves para manter a mobilidade e combater o edema;
• fisioterapia.

Casos mais graves

• uso de anti-inflamatórios orientados pelo médico para o alívio dos sintomas e combate do quadro inflamatório, edema e dores;
• uso de medicamentos esteroides indicados pelo médico;
• esteroides injetados localmente sob indicação médica para promover o alívio temporário ou definitivo dos sintomas;
• procedimento médico para a liberação cutânea do túnel osteofibroso, com o uso de agulha hipodérmica e anestesia local;
• cirurgia: apenas para casos crônicos ou para os casos mais graves que não responderam ao tratamento conservador.

Se desconfia que está com sintomas de dedo em gatilho, busque ajuda médica para receber as orientações e diagnóstico adequados e iniciar o tratamento indicado pelo médico.

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