4 lesões no joelho mais frequentes: causas e tratamento
O joelho, formado do encontro entre o fêmur, tíbia e patela, é a maior articulação do corpo humano, imprescindível para a realização de movimentos simples como levantar, caminhar e agachar. É por isso que lesões no joelho como torções, traumas ou até mesmo o desgaste natural podem comprometer a viabilidade das suas estruturas.
A articulação é composta por quatro ligamentos, dois meniscos, cartilagem articular e a membrana sinovial, que lubrifica as estruturas através de um líquido.
A seguir, mostraremos as quatro principais lesões que acometem o joelho, suas causas e tratamentos. Ficou interessado? Então, siga a leitura!
4 principais lesões no joelho
1 – Ligamento Cruzado Anterior
A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das principais lesões no joelho e a primeira causa de recomendação cirúrgica entre atletas.
Mas, isso não quer dizer que a LCA é um problema exclusivo dos atletas, eventualmente a condição pode acometer não praticantes de esportes em situações comuns do cotidiano, como em uma queda ou um tropeço.
Normalmente, a LCA ocorre devido a movimentos torcionais, quando a pessoa apoia o pé no chão enquanto o corpo faz um movimento súbito de mudança de direção. Ou seja, o pé fica preso no solo e o corpo gira sobre o joelho.
Esse movimento errado pode acontecer em uma aterrissagem de salto mal realizada ou após ser desestabilizado por outro atleta, como no basquete ou futebol, por exemplo.
Existem alguns fatores que limitam a capacidade de recuperar o equilíbrio e que podem deixar o atleta mais vulnerável a movimentos torcionais do joelho, tais como: desequilíbrio e fraqueza muscular, padrão de movimento ruim, fadiga excessiva e aderência excessiva entre o calçado esportivo e a superfície.
Tratamento da LCA
O tratamento inicial visa melhorar o inchaço e aliviar a dor. Independentemente se o tratamento posterior será cirúrgico ou não cirúrgico, o objetivo é fazer o paciente voltar a caminhar sem grandes desconfortos e minimizar a perda de musculatura.
Em um primeiro momento, aplicação de gelo para aliviar a dor e diminuir o edema, de 20 a 30 minutos a cada duas ou três horas, muletas para ajudar o paciente a apoiar o pé no chão e medicamentos anti-inflamatórios podem ser administrados.
A punção do joelho é necessária nos casos em que o paciente apresenta derrame articular devido ao acúmulo de sangue dentro do joelho. Além disso, o paciente é encaminhado à fisioterapia, que auxilia no processo de analgesia e recuperação da mobilidade articular.
Todo esse processo é indicado mesmo em casos com indicação para cirurgia, principalmente a fisioterapia, pois ela ajuda na preparação do paciente para o procedimento cirúrgico e influência na recuperação pós-operatória inicial.
2 – Luxação Patelar
A luxação da patela é definida pelo deslocamento da rótula (patela) para o lado de fora do joelho.
Mas, você sabe o que é a patela? É um osso com função de ponto de apoio na frente do joelho e que se articula com a tróclea, sulco na parte da frente do fêmur, que contribui para que a patela seja mantida no lugar.
Além da tróclea, um conjunto de músculos, tendões e ligamentos também contribuem para a estabilização da patela.
Para a patela deslocar, é preciso que se tenha uma anatomia que favoreça isso, ou seja, nem todas as pessoas estão sujeitas a ter o problema. No entanto, isso não significa que as pessoas que possuem os fatores predisponentes necessariamente terão ou vice-versa.
Há casos em que o paciente sente o osso da frente do joelho sair e voltar imediatamente para sua posição. A região fica inchada e colorida. Em outras situações dessa lesão no joelho, o osso sai do lugar mas fica preso na posição deslocada. Quando isso ocorre, o ortopedista colocará a patela de volta ao lugar.
Tratamento da Luxação Patelar
Em cerca de 50% do casos, o tratamento pode vir a se tornar cirúrgico. As abordagens iniciais visam a redução da dor e inchaço, para que em seguida, o paciente recupere a mobilidade do joelho e uma boa cicatrização dos ligamentos estabilizadores da patela.
O uso de gelo, imobilizadores e medicamentos anti-inflamatórios são essenciais em um primeiro momento. Além disso, é imprescindível que nestas lesões do joelho o paciente não dobre o joelho mais do que 90 graus nos primeiros 30 dias para não prejudicar a cicatrização dos ligamentos.
É feita também, sob supervisão médica, a mobilidade da articulação fora dos imobilizadores. Isso é iniciado com o objetivo de que o joelho não perca a mobilidade.
Em casos de luxação recorrente o tratamento cirúrgico é indicado.
3 – Lesões do Menisco
O menisco (cada joelho possui dois) é uma cartilagem localizada dentro do joelho que tem como papel principal o amortecimento de cargas, além de ajudar no encaixe do fêmur sobre a tíbia, auxiliando a evitar o contato entre ambos os ossos. A cartilagem também tem como função secundária estabilizar o joelho.
O desgaste natural dessas estruturas conforme envelhecemos, torna-as cada vez mais frágeis e suscetíveis às lesões. É por esse motivo que grande parte dessas lesões do joelho ocorrem a partir dos 40 anos de idade.
Nestes casos, a dor se inicia após um movimento simples, como subir a escada, e se instala causando grande desconforto.
Nos pacientes mais jovens o problema geralmente está associado a lesões traumáticas no joelho, em que o paciente apresenta uma dor súbita após um trauma.
Tratamento das Lesões do Menisco
O tratamento varia entre conservador e cirúrgico.
O tratamento convervador pode incluir o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, repouso do joelho, evitando as atividades que causem dor, compressas de gelo no joelho, dentre outras orientações.
Além disso, o tratamento não cirúrgico desta lesão do joelho também conta com a fisioterapia que aborda o de recursos para alívio das dores e inchaço, associado a um protocolo de fortalecimento dos músculos responsáveis pela estabilidade de todo o membro inferior e outras ações que podem promover a recuperação total da articulação.
Quando o tratamento conservador não apresenta resultados satisfatórios, é indicada a cirurgia.
4 – Tendinite Patelar
O mecanismo extensor do joelho, composto pelo tendão patelar, patela e musculatura do quadríceps tem a função de absorver e transmitir a energia gerada no momento do contato do pé com o solo.
No momento em que o tendão patelar é sobrecarregado com uma força além da qual ele está condicionado, a tendinite patelar se desenvolve. Entre os fatores que podem estar relacionados com o surgimento da condição, estão:
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Fraqueza na musculatura anterior da coxa;
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Erros na técnica de saltos e aterrissagem;
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Limitação na mobilidade do quadril ou tornozelo.
O paciente com tendinite patelar sente dor na frente do joelho, que piora com a movimentação da articulação.
Tratamento da Tendinite Patelar
Felizmente, a maioria dos quadros de tendinite patelar tende a apresentar uma significativa melhora da dor apenas com tratamento não cirúrgico.
Geralmente ele é dividido em três fases:
1. Alívio da dor e da inflamação com medicações anti-inflamatórias ou por meios não medicamentosos, com o gelo ou laser, por exemplo;
2. Fortalecimento e reequilíbrio muscular com fisioterapia;
3. Correção da mecânica de movimento do salto em conjunto com o treinador responsável pelo paciente.
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Um comentário
Claudete
julho 13, 2022 às 2:38 am
Muito boa a explicações
Ricardo Passos Barreto
fevereiro 21, 2023 às 2:41 pm
Gostei das explicações, tenho lesões nos dois joelho e as vezes sinto muito desconforto
Carmen
maio 19, 2023 às 3:00 pm
Bom dia! Foi muito útil a explicação que Deus abençoe vocês !!1
Nelson Marciano Nelson
janeiro 25, 2024 às 11:12 am
Obrigado a esplicação foi ótima e compreendido.