Mitos e verdades sobre a escoliose
A escoliose é uma condição que afeta cerca de 6 milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Escoliose Brasil. Por ser muito conhecida, também é rodeada de muitos mitos.
Preparamos este conteúdo com o objetivo de esclarecer informações e desmistificar alguns desses principais mitos. Para saber mais, acompanhe a leitura.
O que é escoliose?
A escoliose caracteriza-se por um desvio tridimensional da coluna espinhal para um dos lados do tronco, determinada pela rotação das vértebras.
Diferente do que se pensa, a condição não é resultado de maus hábitos posturais. Na realidade, é exatamente ao contrário, ou seja, a curvatura da coluna pela escoliose que, em diversos casos, pode causar a má postura.
A escoliose em adultos pode ser resultado de uma curvatura da infância que ficou sem tratamento e desde então tem progredido, ou pode surgir na fase adulta sem história de uma curvatura na infância, chamada de degenerativa. Nestes casos, surge devido a uma degeneração dos discos da coluna vertebral e de suas articulações, geralmente está relacionada com o avanço da idade.
Além disso, o seu surgimento pode ser secundário a patologias mais raras como neurofibromatose, síndrome de Marfan, tumores ósseos, deformidades pós-radiação, osteocondrodistrofia e osteogênese imperfeita.
Saiba como a escoliose ocorre em crianças: Escoliose lombar em crianças: sintomas e tratamento.
Escoliose: mitos e verdades
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Quem tem escoliose não pode praticar atividades físicas – MITO
Pessoas podem sim praticar exercícios, no entanto, é importante que algumas modalidades e exercícios sejam evitados, pois podem causar impactos na coluna.
Além disso, há exercícios específicos para pessoas. Natação, ioga, caminhada e pilates são alguns dos tipos de exercícios mais recomendados.
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A escoliose nem sempre causa dor – VERDADE
Muitos pacientes não sentem nenhum tipo de dor, principalmente crianças e adolescentes. As dores são mais comuns em pacientes adultos.
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A cirurgia é o único tratamento possível – MITO
A cirurgia só costuma ser orientada em casos mais graves, nos quais a coluna fica em uma curvatura de mais de 40 graus em adolescentes, e mais de 50 graus em adultos.
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A escoliose pode ocasionar mais dor durante a gravidez e no parto – VERDADE
A dor lombar na gravidez já é algo comum entre muitas gestantes, por causa do crescimento da barriga, e no caso das mulheres com escoliose, essa dor pode acabar sendo agravada.
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Existe apenas um tipo de escoliose – MITO
Há diferentes tipos de escoliose. Dentre as mais comuns estão:
- Congênita: acontece desde o nascimento, com a má formação das vértebras da coluna;
- Neuromuscular: é ocasionada por condições neurológicas, como paralisia cerebral ou muscular.
- Idiopática: é o tipo mais comum de escoliose. Está associada a fatores genéticos.
- Degenerativa: é originada pela degeneração dos discos da coluna vertebral devido ao processo natural de envelhecimento.
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Carregar peso nas costas causas escoliose – MITO
Carregar muito peso nas costas pode contribuir para o surgimento de dores na região lombar, fadiga muscular e alterações posturais. No entanto, não é o que causa a escoliose de fato.
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Mochilas muito pesadas podem ocasionar em escoliose – MITO
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, isso é na verdade um mito. Não há nenhuma comprovação científica de que mochilas pesadas possam causar escoliose.
Tratamento
As técnicas para o tratamento da escoliose podem variar conforme as necessidades do paciente, mas em geral são conservadoras, ou seja, os quadros são tratados com métodos não-cirúrgicos. Entre eles:
- Tratamento medicamentoso com o uso de anti-inflamatórios, relaxantes musculares e analgésicos para aliviar as dores agudas.
- Realização de fisioterapia com exercícios e técnicas específicas focados na analgesia e fortalecimento de músculos importantes para sustentação da coluna.
Órteses também podem ser usadas, mas somente para controle da dor, não para corrigir o desvio.
Em casos mais raros, a correção cirúrgica pode ser necessária sob as seguintes condições:
- Quando o tratamento conservador não é eficaz;
- Em casos em que a curvatura é progressiva ou é muito grande;
- Quando há persistência e/ou intensificação da dor;
- Dificuldade para andar;
- Incapacidade de locomoção.
Dessa forma, o tratamento mais adequado deve ser orientado pelo médico ortopedista, assim como todos os demais questionamentos e dúvidas.
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